quarta-feira, 23 de maio de 2007

Prostituição:


A palavra “prostituir” vem do verbo latino “prostituere”, que significa expor publicamente, pôr à venda, entregar à devassidão.
É a comercialização da prática sexual.
Mercadoria é o prazer do homem ou a imaginação desse mesmo prazer
Oferta da intimidade da mulher ou criança.

A prostituição pode ser:
  • heterossexual feminina (prostitutas) e masculina (pederasta),
  • infantil
  • homossexual.


A prostituição é parte de uma indústria multibilionária:

Modalidades desta indústria: o turismo sexual, o tráfico de mulheres e a pornografia. É um mercado forte e lucrativo, ao mesmo tempo que é um fenómeno cultural enraizado nas imagens do homem e da mulher, veiculadas pela sociedade


Oferta: Mulher que se vende.

Procura: Homem que a compra - caso mais raro.

Na maioria dos casos, intervém uma terceira pessoa, o organizador e explorador do mercado, o chulo ou proxeneta.
Assim, a instituição da prostituição não beneficia somente o cliente, pois traz benefícios a terceiros.
As mulheres prostituídas, na sua maioria, foram condicionadas para serem prostitutas através de maus-tratos, de violência, de discriminação e de falta de auto-estima, o que as torna miseráveis e passivas, que as leva a pensar que o seu último recurso é o uso do seu corpo como objecto sexual.


O cliente:
O cliente é proveniente de todas as classes sociais.
O local onde procura a mulher é diferenciado e varia consoante o seu poder de compra.

Numa zona pobre da prostituição:
  • trabalhadores com fracos recursos económicos
  • pouco exigentes - aparência e comportamento da mulher
  • oscilações na procura: intensa no princípio e no fim de cada mês, fraca nos restantes dias.
Num hotel ou num bar de luxo:
  • cliente tem poder económico
  • exigente quanto à oferta
  • não há oscilações na procura, que persiste durante todo o mês.



A relação entre a mulher e o cliente é uma relação mercantil.
O pagamento da prática social introduz a desculpabilização, o não compromisso, a desresponsabilização.

O dinheiro põe os sentimentos à distância.
O sexo encontra-se separado de todo o significado humano, sexo/objecto.
Há uma banalização do sexo, pois dissocia-se o sexo (objecto de prazer), do sexo (órgão de reprodução) e do sexo (meio de exprimir o amor).
É uma forma de violência, que vai contra a dignidade humana e os seus direitos fundamentais.



As mulheres prostituídas defendem o reconhecimento da prostituição em nome “do direito fundamental de dispor do seu próprio corpo”.
Lutam pela legalização da prostituição, que irá pôr fim às redes criminosas que controlam a indústria do sexo.
Legalizar é conceder ao homem um poder legítimo de comprar o sexo directamente a outros seres humanos, acabando, assim, o chulo.














Factores que levam à prostituição de uma mulher:


* Filha de trabalhadores rurais, operários da construção civil, desempregados, analfabetos ou semi-analfabetos;

* Famílias numerosas, com um grande número de irmãos;

* Pai ou mãe ausente e mesmo os dois;

* Fome na infância;

* Trabalho infantil - tomar conta dos irmãos mais novos, ajudar pai ou mãe no campo, trabalho em fábricas;

* Habitação sub-urbana;

* Alcoolismo do pai ou do pai e mãe;

* Desagregação familiar;

* Abandono, maus tratos, violência;

* Desamor/carências afectivas;

* Baixo rendimento escolar, frequência da escola sem conclusão do 9ºano;

* Relação sexual precoce, em muitos casos, por violação e/ou incesto;

* Gravidez precoce;

* Solidão;

* Ignorância;

* Desemprego;

* Falta de formação profissional;

* Frequência de internatos na infância e/ou adolescência




Objectivos:

  • Sensibilizar as pessoas, em geral, e comunidade escolar em particular, para a problemática em questão;
  • Consciencializar as pessoas, em geral, e a comunidade escolar em particular, para prevenir comportamentos de risco;
  • Compreender as causas e consequências;
  • Compreender o contexto em que a problemática se desenvolve e compreender as expectativas das prostitutas.

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